terça-feira, 27 de abril de 2010

Compartilhando

Pesquisa relaciona perfil do agricultor e devastação ambiental


A tese de doutorado em Economia “Práticas agrícolas e devastação ambiental no meio rural do Nordeste”, de Gisléia Benini Duarte, concluiu que o perfil do agricultor – o gênero, a escolaridade, a idade e a experiência do chefe da família – interferem na utilização de práticas agrícolas sustentáveis, como o controle da erosão do solo.
De acordo com as práticas adotadas pelo produtor rural, utilizando-se do modo de regressão beta, construiu-se um índice que varia de 0 a 1. Quanto maior o índice, maior a preocupação com o meio ambiente. Dessa forma, por exemplo, “se o agricultor usa agrotóxico, o peso do índice vai diminuir; se ele faz queimada, o índice dele vai ficar menor”, explica Gisléia.
Em relação ao gênero do chefe de família, constatou-se que os homens têm maior chance de utilizar técnicas mais degradantes do ponto de vista ambiental, enquanto as mulheres têm maior preocupação com técnicas sustentáveis. Além disso, quanto maior o tamanho da propriedade e a área construída, maior também o uso de tecnologias para conservação e fertilidade do solo. A decisão, em geral, é movida pela procura de melhoria no bem-estar da família, mas está sujeita à limitação dos recursos naturais e financeiros.
ESCOLARIDADE - A escolaridade é outro fator de impacto positivo na adoção de medidas sustentáveis – tanto do chefe da família como do cônjuge. Quanto maior o tempo de estudo desses dois membros da família, maior o cuidado com o meio ambiente. Segundo Gisléia Benini, a educação dos filhos também é muito importante, pois os pais costumam escutar o que os filhos trazem da escola.
Outro aspecto de destaque é o acesso à assistência técnica: aqueles agricultores que têm acesso a essas informações tendem a preservar o meio ambiente. Daí a necessidade, portanto, de programas públicos ou particulares de assessoramento ao produtor rural.
A tese teve como base uma pesquise da UFPE e UFRPE com parceria do Projeto Dom Hélder Câmara em 2005, envolvendo 838 famílias rurais dos estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. A renda média dessas famílias era R$713,00, sendo a maior parte proveniente da própria produção.
Segundo o PNAD (2007), o Nordeste concentra 47,2% da população rural do Brasil, o que representam 18 milhões de pessoas. A caatinga é um dos biomas mais prejudicados do país: a desertificação aumentou de 900 km², em 2003, para 1,3 mil km², em 2007. Com base na pesquisa, portanto, é possível elaborar melhores políticas públicas para preservar o solo e a vegetação da área, como a conscientização dos produtores rurais.
A tese foi defendida em Gisléia Duarte em 2009. O trabalho foi orientado pelo professor Yony de Sá Barreto Sampaio. Gisléia é atualmente professora da UFRPE e autora também de pesquisas sobre aspectos do Bolsa-família, como o gasto com alimentos e a freqüência escolar.

Mais informações

Gisléia Benini Duarte
gisleiaduarte@gmail.com

segunda-feira, 26 de abril de 2010

NOTÍCIAS DA ÁREA RURAL DE GRAVATÁ

Hora de Plantar – Homem do campo beneficiado com programa de aragem de terras

Mais produtividade e desenvolvimento para o homem do campo. Com esse intuito a Prefeitura de Gravatá deu início ao Programa Hora de Plantar que consiste na aragem de terras da região agreste da cidade sem custo algum para o agricultor. São mais de 300 horas de aragem de terra beneficiando mais de cem famílias de diversas comunidades como: Avencas de Cima, Avencas de Baixo, Várzea Grande, Lagoa do Costa, Sítio Nicácio e outras localidades.

O programa Hora de Plantar existe desde 2009 e já contemplou centenas de famílias em toda a região. Na manhã desta segunda-feira (26/04) o trator contratado pela prefeitura esteve no sítio Cotunguba arando as terras de Inácio Leôncio. Em duas horas de trabalho o trator arou cerca de dois hectares, nos quais em breve serão plantados milho e feijão, “Esse programa da prefeitura é uma ação muito boa que está me ajudando bastante. Se eu fosse pagar teria que desembolsar mais cem reais só para o trator. Com o Hora de Plantar, posso investir meu dinheiro em outra coisa aqui nas terras”, disse o agricultor Inácio Leôncio.

O secretário do meio ambiente Aarão Lins, acompanhou de perto o trabalho realizado no sítio Cotunguba, segundo ele, este é um dos programas de maior benefício para o homem do campo, “Só quem trabalha no campo sabe a importância da aragem de terra para a plantação. Esse programa serve para incentivar e contribuir com o agricultor que muitas vezes gasta muito dinheiro pagando horas de trator, com esse programa os gastos são bem menores, já que ele não vai precisar pagar a aragem da terra”, disse o secretário. Vale ressaltar que o programa vai contemplar outras comunidades da região agreste de Gravatá: Tarrafas, Breu, Lagoa do Costa, Paulínea entre outras.

DIA NACIONAL DA CAATINGA - 28 DE ABRIL

O secretário municipal de Meio Ambiente de Gravatá, Aarão Lins,foi convidado para palestrar sobre o bioma caatinga do município na próxima quarta(28)no evento estadual de comemoração do "Dia da Caatinga), promovido pelo Comitê Estadual da Caatinga - CERBCAA/PE no Auditório do Espaço Ciência, Complexo de Salgadinho a partir das 8h. O tema central deste ano será "Mudanças Climáticas e Bioma Caatinga".

o evento é aberto a participação de todos com inscrições gratuitas e certificado para os participantes. Mais informações e programação através do endereço: suporte@plantasdonordeste.org ou no Blog da Caatinga: http://www.comitecaatingape.blogspot.com/
A realização do evento é do Comitê da Caatinga, com apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTMA) e Associação Plantas do Nordeste (APNE), e patrocínio do Banco do Nordeste.


________________________

Fonte:

Site da Prefeitura Municipal de Gravatá

www.prefeituradegravata.com.br

sábado, 24 de abril de 2010

MERENDA ESCOLAR VINDA DO CAMPO

Produtores rurais debatem como fornecer alimentos às escolas


São Paulo – Frutas, verduras e legumes sempre frescos no cardápio das escolas públicas. Para garantir esse simples e saudável objetivo, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), está promovendo seminário sobre aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar para a alimentação escolar.

O evento começou nesta quarta-feira, 14, e segue até a quinta, 15, na capital paulista. Reúne produtores rurais e gestores municipais de educação de 39 cidades da região metropolitana de São Paulo, com o objetivo de debater as melhores práticas para o fornecimento de produtos da agricultura familiar para a merenda escolar.

Estratégia - “Esse encontro é uma ótima oportunidade para ampliarmos nossos horizontes”, afirma Valdemar Morabito, presidente da Cooperativa Agropecuária Mista dos Agricultores Familiares do Estado de São Paulo. Com seis anos de existência, a cooperativa do pequeno município de Mirandópolis tem 240 associados e uma estratégia ousada.

“Em nossa cidade, já fornecemos 100% das necessidades de legumes e frutas das oito escolas da rede, mas, sem dúvida, estamos de olho no mercado das outras prefeituras da região metropolitana do estado”, diz Morabito.

Mais cauteloso, o gerente administrativo da Cooperativa de Agricultura Filadélfia, Wagner Queiroz, reconhece na iniciativa uma boa oportunidade de escoamento da produção, mas prefere estudar melhor as perspectivas que se abrem. “Viemos conhecer o programa de alimentação escolar e nos preparar para oferecer produtos de qualidade aos alunos de Iperó e região a partir do ano que vem”, afirma.

Cadastro - Entre as diversas atividades, os representantes de associações e cooperativas de produtores agrícolas preencheram um cadastro disponível no portal do MDA na internet. A partir das informações constantes do cadastro, os gestores responsáveis pela compra da merenda nos municípios poderão ter uma ferramenta em tempo real para pesquisar, por exemplo, os produtos oferecidos e a abrangência de distribuição de cada fornecedor.

Por força da Lei 11.947/2009, a partir deste ano pelo menos R$ 600 milhões – que representam 30% dos recursos repassados pelo FNDE para a alimentação escolar em todo o país – terão de ser aplicados na compra de alimentos de agricultores familiares. Um dos objetivos da medida foi fortalecer as economias locais.

Assessoria de Comunicação Social do FNDE

Fonte:
www.mec.gov.br

Valorização da produção rural familiar

Agricultura familiar é capaz de suprir merenda dos alunos

Quarta-feira, 14 de abril de 2010 - 18:56


São Paulo – “Alimentar o Brasil não é novidade para a agricultura familiar”, afirmou nesta quarta-feira, 14, o ministro em exercício do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Daniel Maia, no encerramento do seminário sobre produção rural familiar e merenda escolar, realizado na capital paulista. Segundo ele, cerca de 70% de toda a produção da cesta básica do país vem de produtores rurais locais. “Temos clareza de que a agricultura familiar pode, sim, suprir plenamente a merenda das escolas públicas.”

Na ocasião, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Daniel Balaban, destacou os avanços alcançados na alimentação dos estudantes com a promulgação, no ano passado, da Lei nº 11.947, que determina que 30% dos recursos repassados pelo FNDE sejam aplicados na compra de alimentos de agricultores familiares. “Quem faz a lei acontecer é o cidadão. Ela só vai gerar resultados quando acreditarmos em seus princípios”, disse. Para Balaban, a importância estratégica de São Paulo no cenário nacional coloca o estado como um dos principais propagadores do uso de produtos da agricultura familiar na alimentação escolar.

Presidente da Câmara dos Deputados na época da tramitação da lei no Congresso Nacional, o deputado federal Arlindo Chinaglia defendeu o envolvimento ainda maior dos produtores familiares no fornecimento da merenda. “Nada impede que cheguemos a 100%”. Em sua opinião, a produção de orgânicos ganhará estímulo extra: “Antes de ser boa para a educação, a inclusão da agricultura familiar na alimentação escolar vai ser ótima para a saúde dos alunos.”

Estrutura - Os participantes do evento trocaram experiências sobre a aplicação da nova lei. Animado, o presidente da Associação dos Produtores Rurais Renascer, Francisco Alves Dantas, relatava: “Já fechamos o segundo contrato para fornecimento da merenda à prefeitura de Lins e estamos em negociação com outras três cidades: Promissão, Sabino e Avanhandava.” Para ele, governos estaduais e municipais deveriam ajudar na estruturação das associações e cooperativas de agricultores familiares. “Faltam caminhões para aprimorarmos a distribuição dos produtos”, afirmou.

A prefeitura de Mongaguá, município no litoral paulista, está capacitando agricultores e pescadores para se adequarem às exigências do fornecimento de alimentos para a rede de ensino. “Até o momento, contamos com 50 produtores locais cadastrados. Temos nos esforçado para incluí-los em nossas compras porque, assim, não precisaremos buscar fornecedores em outros municípios”, relatou Aline Menescal, nutricionista da secretaria municipal de educação.

Assessoria de Comunicação Social do FNDE


Fonte:

www.mec.gov.br

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